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Shineray Storm 200 chega por R$ 18.990 para roubar vendas da Honda Bros e Yamaha Crosser

Moto com cara aventureira tem mais potência e torque que as rivais, por preço mais baixo. Mas terá o duro trabalho de conquistar o brasileiro. Shineray Storm 200 chega por R$ 18.990
Divulgação | Shineray
A Shineray anunciou nesta terça-feira (20) que a Storm 200 chega ao mercado brasileiro em setembro, por R$ 18.990. O preço foi desenhado especificamente para competir com Honda NXR 160 Bros e Yamaha Crosser 150 S.
A Storm 200 é uma crossover, moto que reúne características de dois segmentos distintos. Ela mistura características das naked — por ter uma carroceria sem muitos apliques plásticos — combinadas com itens das trail, que são as motocicletas voltadas para trilhas.
Ela faz companhia à Shi 175, a primeira moto deste segmento a ser montada na fábrica da Shineray em Pernambuco. A meta da fabricante é comercializar 4 mil unidades até o fim do ano.
Rivalidade ‘fora de estrada’
A Storm 200 chega para incrementar uma faixa de preço próxima dos R$ 20 mil. Veja o comparativo.
Shineray Storm 200: R$ 18.990;
Honda NXR 160 Bros: R$ 19.060;
Yamaha Crosser 150 S ABS: R$ 20.290.
A proposta destas motocicletas é trazer mais conforto, com suspensões mais altas, e melhor visibilidade, já que costumam ser motos que se destacam no trânsito, além de possuírem uma pitada de esportividade para encarar terrenos fora-de-estrada.
Com motor inédito no país e que rende 20,3 cv de potência, ela quer provar que pode ser o melhor custo-benefício para o trânsito das grandes cidades.
Apesar desse apelo, ela não é necessariamente voltada para trilhas. Contudo, é essa facilidade de pilotagem e conforto que agrada parte dos consumidores. Tanto que as Honda NXR 160 Bros e XRE 300 (de categoria acima) estão entre as motos mais vendidas do primeiro semestre, com 79.589 e 23.784 unidades comercializadas no período.
Motor ao gosto do brasileiro?
Diferentemente do propulsor utilizado na China, que tem apenas 15 cv e 1,7 kgfm de torque, aqui no Brasil a Storm 200 ganhou mais potência e torque para brilhar os olhos do consumidor brasileiro, público que exige mais potência e torque no dia a dia.
A Storm 200 disponibiliza de moto de 198 cilindradas, com um cilindro, que tem 20,3 cv e 1,8 kgfm de torque, índices superiores aos encontrados nas concorrentes. Pudera, uma vez que seu propulsor também é ligeiramente maior. O grande pênalti é só beber gasolina.
A NXR 160 Bros carrega um monocilíndrico que entrega 14,7 cv e 1,60 kgfm com etanol. A vantagem do modelo da Honda é ser flex.
Também aceitando etanol ou gasolina, a Yamaha Crosser 150 S dispõe de 12,4 cv e 1,3 kgfm de torque, a que tem menos fôlego das três.
Trail, mas acessível
Um dos grandes problemas de baixinhos ao encararem motos de trilha é a altura do banco. De acordo com a ficha técnica divulgado pela Shineray, o assento da Storm 200 tem 79 cm de altura do solo, o que o iguala a nível de Shineray Urban e Honda ADV, duas scooters urbanas. Em outras palavras, a altura do banco da novidade não é um impeditivo para pessoas de baixa estatura, que normalmente têm dificuldade para alcançar o chão em paradas de semáforo, por exemplo, em modelos fora-de-estrada mais caros, como os GS da BMW (que costumam ter altura do assento acima dos 90 cm).
Comparando com as rivais, é o mais acessível, pois a Honda NXR 160 tem assento 83 cm distante do solo e a Yamaha Crosser 150 S é ainda mais alta, com 85 cm.
Em dimensões, a Storm 200 é mais curta e mais estreita que as demais, o que pode ser um grande trunfo ao contornar carros parados no trânsito e ao transitar pelos corredores. O entre-eixos é praticamente o mesmo nas três, mas a Storm 200 tem a frente mais alta, o que também facilita ao encarar o vento nas estradas. Confira na tabela abaixo um comparativo de ficha técnica dos três modelos:

Concorrência interna?
Já há uma trail da Shineray disponível nas concessionárias por um preço mais baixo, a Shi 175, que tem duas versões: com carburador (R$ 13.990), tecnologia que será descontinuada por conta do novo marco regulatório de emissões de poluentes; e com injeção eletrônica (R$ 16.590).
Apesar de possuírem visual semelhante, a vantagem da Storm 200 é o motor que tem cerca de 4 cv a mais que a Shi 175, que tem apenas 16,1 cv potência e 1,8 kgfm de torque. A Shi 175 tem mais potência e torque, inclusive, que as concorrentes nipônicas Bros e Crosser.
De acordo com a marca, não haverá conflito entre as duas motocicletas. “É uma categoria nova, então ela acaba não brigando com a Trail. É para o consumidor que está na dúvida de qual levar, sem abrir mão de nenhuma das características positivas das naked e das motos de trilha”, afirmou Thomas Medeiros, diretor de supply chain (produção e distribuição).
Shi 250 chega até o fim do ano
Muito se especulou sobre o lançamento de uma outra versão da Shi que, de acordo com Medeiros, está realmente a caminho, só que com motor de 250 cilindradas. Contudo, segundo o executivo, a motocicleta deve ser lançada apensa no fim do ano, pois ela ainda está com o time de engenharia da Shineray Brasil em processo de homologação.

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